quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Existem limites a serem ensinados para as crianças?

Esta pergunta chegou até a mim pelas redes sociais. Vamos às explicações: Para mim, é necessário educar e ensinar limites, sim, para todos os seres humanos. A vida adulta é cercada de limites, e não ensinar isto às crianças, desde pequenos, não é o mais correto.

Mas o que são limites? O que é certo, ou o que é errado? Estas perguntas devem estar permeando o pensamento de vocês neste momento. Vou dar um exemplo: podemos andar nus em lugares públicos que não sejam naturistas? A resposta é: Não! Então, uma regra criada pela sociedade é que todos devem estar vestidos em espaços públicos e sociais. Infringir esta regra é não ter limites.

Confunde-se muito, hoje, aqui no Brasil, democracia com liberdade. Ter limites é ser democrata, uma vez que é saber dos seus direitos e deveres para com a sociedade como um todo. Com o fim da ditadura militar, em 1985, nosso país vive a democracia, mas para mim há uma confusão entre liberdade e libertinagem. Ser livre, poder expressar suas ideias e valores é sinônimo de responsabilidade e não de permissividade total. Em todos os lugares e contextos existem limites, quer sejam geográficos ou comportamentais.


Então, o que fazer com as crianças? Simples: explicar porque pode e porque não pode. Fácil falar, sim, fácil falar, mas não buscar mudança em seu comportamento com elas não irá adiantar de nada. Não estou aqui defendendo castigos, brigas, ou até mesmo bater, não é isto. Estou aqui dizendo que os pais devem conversar mais e dialogar sobre o que os pequenos podem, ou não, fazer com a idade que possuem. Que tal experimentar a conversa de maneira democrática e aberta, sem medos de perder a autoridade? Aí, sim, você verá o que é adquirir respeito mútuo uns pelos outros. Vale lembrar que o exemplo é tudo: não diga ao seu filho para não falar palavrão nem xingar ninguém com nome feio, se na hora do nervosismo e da contrariedade ─ uma fechada no trânsito ─ você solta um baita palavrão!

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