sábado, 23 de março de 2013

Aflição de uma professora recém-formada

Estava conversando com uma professora que terminou o curso de Pedagogia há dois anos e já entrou para trabalhar na rede pública municipal de uma cidade do interior de São Paulo. Em nossa conversa ela me relatou que os cursos de Pedagogia não formam para a prática em sala de aula, serviu para ela prestar concurso, mas na prática fica arrepiada por que não sabe o que fazer. Ou seja, é um curso extremamente teórico e desvinculado da realidade do cotidiano em sala de aula.

Eu concordo plenamente que os cursos de Pedagogia hoje no Brasil em esferas públicas e particulares precisam ser revistos em seus currículos, já atuei tanto na particular quanto na federal e percebi que são extremamente teóricos. Não sou contra a teoria, não é isto, mas ela precisa estar diretamente relacionada com a prática, mas isto não ocorre. Talvez por os professores que atuam nos cursos de nunca terem passado pela sala de aula do ensino infantil e fundamental; e com isto não percebem o quanto as alunas precisam de práticas significativas.

Percebo que precisamos fazer uma transformação desde a Educação Infantil até o Ensino Superior em termos de educação neste país, estão ensinando sem significado, adestrando para responder perguntas sem nexo e as crianças não estão aprendendo de fato e sim respondendo automaticamente o que lhes é solicitado. Até quando vamos mascarar esta situação? A fala da professora inicialmente serve-nos de alerta para pensarmos numa educação eficaz e eficiente. Se os cursos de Pedagogia que precisam ensinar os profissionais estão com baixa qualidade e produtividade, imaginem estas pessoas ensinando, têm mais que estar de cabelos em pé mesmo! Nossa educação é para “inglês ver”  e não para formar pessoas e cidadãs de fato.

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