A
criança, considerada como centro do trabalho educacional, está vinculada a uma
metodologia de trabalho que já foi utilizada em outros tempos registrados pela
história, como no Movimento da Escola
Nova. Mas então, por que ela volta ao cenário educacional? Já não é algo
superado?
Não,
não é. Quando dizemos que a criança tem que ser o principal na educação
infantil, estou me referindo que ela é um sujeito de direitos e que conseguiu
isto a partir da Constituição de 1988, portanto, algo recente em termos
históricos neste país. Mas, mais do que conquistas por meio de leis, é necessário vê-la como o eixo
principal porque a educação infantil só existe por que existem crianças.
Outro
ponto importante é que a criança precisa de ambientes adequados para um
desenvolvimento saudável, precisa de cuidados especiais, de interações entre
criança x criança e adulto x criança, para que sejam estabelecidos diversos
aspectos de forma a promover sua segurança física e psicológica. Ela precisa
ser ensinada a ter autonomia, identidade, a se sentir amada, a amar. Ela
precisa ser, além de tudo, criança, e viver o seu período de infância por meio
de jogos, brinquedos e brincadeiras que façam do seu dia a dia uma aprendizagem
constante, dando significado e sendo significativo tudo o que aprenda. Que
obtenha conhecimentos de si, dos outros e do mundo que a cerca, de forma que
possa ser um adolescente menos rebelde e mais consciente de si. E que, além
disso, consiga se tornar um adulto vencedor ─ não dos outros ─ mas que consiga
vencer a si mesmo e aos obstáculos que a vida nos impõe diariamente!
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