Fico
me perguntando por que as instituições de educação, de um modo geral, não são
destinadas à comunidade e, muitas vezes, não passam de programas políticos para
campanhas de publicidade eleitoreira. Isto me revolta porque a educação não
pode ser manobra do poder público.
Vejo
alguns municípios que empreendem na educação infantil e que depois de quatro
anos, quando muda o prefeito, tudo muda e o que o outro fez ─ ou começou a
fazer ─ acaba virando pó para ter um outro recomeço... tudo outra vez, às vezes
coisas tão distintas e diferentes do que estava vigorando, ou seja, mudam-se as
Secretarias de Educação e tudo recomeça com um novo jeito!
Enquanto
fizermos isto no Brasil, com a nossa educação infantil, não teremos avanços
efetivos, mas sim começos e recomeços, sempre! E então, como ficam as crianças,
os pais e a comunidade em geral? As
instituições de ensino infantil devem ser espaços para e da
comunidade. É um local que deve atender às crianças, aos pais e à
comunidade em geral. Deve ser aberto aos finais de semana para que todos possam
usufruir do parquinho, por exemplo, da quadra de esportes, dos bancos e espaços
coletivos à sombra das árvores, enfim, é claro que com muita conversa e diálogo,
por ser um local que precisa estar em boas condições sempre para atender aos
alunos durante o período letivo. Assim, é bom observar que quando uma
comunidade se apropria de um determinado local para o seu lazer ou para
o simples encontro para conversar em comunidade, ela cuida, zela, mantém! Mas quando as
pessoas se sentem banidas, excluídas, é mais fácil elas depredarem porque é
como se isso não lhes pertencesse. É tão simples de entender! Tudo o que me pertence
faz com que eu cuide! É esse o sentimento que as pessoas devem ter por algo
público, já que é de todos.
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