Esta
frase do título acima foi proferida por uma mãe que está separada do pai de seu
filho, e que costuma dizê-la à criança em tom bastante alto e agressivo;
geralmente essa mãe atira essas palavras contra o menino quando este não quer
fazer o que ela está querendo que ele faça!
Não vou entrar em detalhes sobre o que ela pedia para a criança fazer,
mas vou me ater à frase em específico.
Com
esta fala, fica bem nítido que a mãe está cansada de ser mãe, cansada da
situação que está vivendo, talvez sentindo um grande peso por ter que cuidar
“sozinha” da educação de seu filho! Então, acaba cobrando da criança atitudes e
comportamentos, não como uma mãe educadora, mas como uma mãe cobradora! Assim
sendo, o fato de ficar com o filho ─ que deveria ser algo prazeroso ─ acaba
sendo um peso! E esta mãe, pelo jeito, não entende que quando colocamos uma
criança no mundo, sacrifícios, abnegações e doações acabam acontecendo
naturalmente, porque isso faz parte da natureza da maternidade/paternidade e da
espécie humana como fator de desenvolvimento. Um outro aspecto a ser pensado é
que esta frase poderá gerar na cabeça da
criança certo desconforto, como se ela fosse um estorvo na vida daquela mãe!
Acho
engraçado que quando o casal está fazendo “amor/sexo” não se preocupa com nada,
a não ser consigo mesmos, se esquecendo de que
esse ato poderá vir a gerar um
ser que precisará de acompanhamento, dedicação e doação por alguns bons
anos! Se a criança não pediu para nascer, por que expressar esta cobrança em
cima de um ser que está aprendendo a se constituir afetivamente por meio das
referências e das pessoas que lhe são mais próximas? Como esta criança que ouve tamanho absurdo
poderá ter autoestima? Como poderá se sentir feliz? Por favor, pais, não cobrem
das crianças algo que foram vocês que escolheram. Poderiam ter evitado esta
criança, mas não o fizeram! Então, agora deem amor e não cobranças descabidas!
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