Alguns
estudiosos da academia dizem que os professores devem ser pesquisadores de sua
ação. Estas teorias foram inventadas por profissionais que não são brasileiros
e não conhecem a realidade de nosso país. Tenho algumas controvérsias com
teorias que vem de fora e que tentam implantar aqui no Brasil. Por que digo
isto? Porque muitas vezes não funciona.
Nossa
formação profissional inicial, aqui no Brasil, nos cursos de pedagogia, acaba
sendo, muitas vezes, bastante precária! A realidade é que ou se ensina a ser
professor, ou se ensina a ser pesquisador. Não concordo com a exigência de um
TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) nos cursos de licenciaturas. Mal o tempo é
suficiente para prepararmos nossas disciplinas, os alunos ficam malucos durante
os dois últimos semestres do curso pensando no TCC! Além disso, também os
professores que orientam esses trabalham, muitas vezes acabam ficando sem ação
diante de algumas circunstâncias. Se levamos 2 anos, no mínimo, em um curso de
Mestrado e 4 anos em cursos de Doutorado para nos tornarmos pesquisadores neste
pais, como podemos fazer isto dentro de
um curso de graduação?
Mas
uma vez nosso ensino fica naquele velho ditado “para inglês ver”. Enquanto não
pensarmos de forma real e repensarmos nossa educação como um todo, ainda
estaremos formando pessoas despreparadas para o mercado de trabalho. Vejo
alguns comentários de colegas assim: “aprendem na prática”. Então, há uma
contradição: se aprendem somente com a prática, então não há necessidade de
curso superior. Em países mais desenvolvidos os cursos de graduação formam
professores e, se estes quiserem ser pesquisadores, tomarão outro rumo. Por que
aqui tem que ser tudo junto e misturado? Pior ainda: uma bagunça! Eh Brasil,
quando vai acordar?
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