terça-feira, 15 de abril de 2014

Professor pesquisador: de que e de quem?

Alguns estudiosos da academia dizem que os professores devem ser pesquisadores de sua ação. Estas teorias foram inventadas por profissionais que não são brasileiros e não conhecem a realidade de nosso país. Tenho algumas controvérsias com teorias que vem de fora e que tentam implantar aqui no Brasil. Por que digo isto? Porque muitas vezes não funciona.

Nossa formação profissional inicial, aqui no Brasil, nos cursos de pedagogia, acaba sendo, muitas vezes, bastante precária! A realidade é que ou se ensina a ser professor, ou se ensina a ser pesquisador. Não concordo com a exigência de um TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) nos cursos de licenciaturas. Mal o tempo é suficiente para prepararmos nossas disciplinas, os alunos ficam malucos durante os dois últimos semestres do curso pensando no TCC! Além disso, também os professores que orientam esses trabalham, muitas vezes acabam ficando sem ação diante de algumas circunstâncias. Se levamos 2 anos, no mínimo, em um curso de Mestrado e 4 anos em cursos de Doutorado para nos tornarmos pesquisadores neste pais,  como podemos fazer isto dentro de um curso de graduação?


Mas uma vez nosso ensino fica naquele velho ditado “para inglês ver”. Enquanto não pensarmos de forma real e repensarmos nossa educação como um todo, ainda estaremos formando pessoas despreparadas para o mercado de trabalho. Vejo alguns comentários de colegas assim: “aprendem na prática”. Então, há uma contradição: se aprendem somente com a prática, então não há necessidade de curso superior. Em países mais desenvolvidos os cursos de graduação formam professores e, se estes quiserem ser pesquisadores, tomarão outro rumo. Por que aqui tem que ser tudo junto e misturado? Pior ainda: uma bagunça! Eh Brasil, quando vai acordar?

Nenhum comentário:

Postar um comentário