Ao
sair da instituição de ensino as crianças encontram seu (s) pai (s) e, certo dia
observei uma cena que precisa ser comentada: a criança, toda feliz por
encontrar seu pai ali na saída, e este, sem demonstrar qualquer tipo de afeto,
pegou a mochila e falou para a criança: “vamos correndo; estou atrasado! Ainda
tenho que ir à aula de inglês”.
E as
falas acabam sempre se repetindo... Hoje não posso porque estou atrasado,
amanhã não posso porque... depois também não posso porque... E assim vai!
Quantos dias se passaram e as crianças não tiveram um reencontro feliz porque
os pais estavam sempre apressados!
A
vida passa tão rápido, as crianças crescem tão depressa, e como ficam as
diversas vezes quando se poderia ter sido demonstrado carinho e afeto e não se
fez? Quando é que esses pais atentarão que coisas e objetos são seres sem vida,
mas que pessoas possuem sentimentos, conquistados ou não? As relações são
construídas ou destruídas, e uma vez quebradas poderão não ter mais volta. É
como um vaso quando se quebra: podemos até juntar os cacos, mas nunca será
novamente igual. Reencontro é algo para ser beijado, abraçado, conversado sobre
o que fizeram ou deixaram de fazer; é um momento de intimidade e de saudade do
tempo que ficaram afastados uns dos outros. Um momento de acolhimento de dois
corpos, de duas pessoas, de dois seres humanos!
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