segunda-feira, 14 de abril de 2014

Momento de reencontro: crianças e pais

Ao sair da instituição de ensino as crianças encontram seu (s) pai (s) e, certo dia observei uma cena que precisa ser comentada: a criança, toda feliz por encontrar seu pai ali na saída, e este, sem demonstrar qualquer tipo de afeto, pegou a mochila e falou para a criança: “vamos correndo; estou atrasado! Ainda tenho que ir à aula de inglês”. 

E as falas acabam sempre se repetindo... Hoje não posso porque estou atrasado, amanhã não posso porque... depois também não posso porque... E assim vai! Quantos dias se passaram e as crianças não tiveram um reencontro feliz porque os pais estavam sempre apressados!


A vida passa tão rápido, as crianças crescem tão depressa, e como ficam as diversas vezes quando se poderia ter sido demonstrado carinho e afeto e não se fez? Quando é que esses pais atentarão que coisas e objetos são seres sem vida, mas que pessoas possuem sentimentos, conquistados ou não? As relações são construídas ou destruídas, e uma vez quebradas poderão não ter mais volta. É como um vaso quando se quebra: podemos até juntar os cacos, mas nunca será novamente igual. Reencontro é algo para ser beijado, abraçado, conversado sobre o que fizeram ou deixaram de fazer; é um momento de intimidade e de saudade do tempo que ficaram afastados uns dos outros. Um momento de acolhimento de dois corpos, de duas pessoas, de dois seres humanos!

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