Sempre
vejo alguns escritores famosos (sem citar nomes, por questões éticas),
referindo-se à missão do professor. Não concordo que ser professor é estar
vinculado a uma missão. A palavra missão remete-nos ao ato religioso como algo
que tem que ser feito com sacrifícios e até mesmo com filantropia.
Ser
professor é uma escolha, uma profissão que exige respeito, pagamentos,
condições de trabalho dignas, capacitação inicial e permanente. Não tem nada de
filantrópico ou de religioso, pelo contrário, é uma das profissões mais antigas
deste mundo, e que necessita, aqui no Brasil, que seja repensada e valorizada.
Parece
que não existe diferença, mas existe sim, porque ser missionário é viver em
função do outro sem exigir nada em troca. Madres, padres, missionários
evangélicos e tantos outros líderes religiosos não recebem pelo que fazem.
Muitos exercem a sua missão em troca de alimentação e moradia, por exemplo,
como foi com Madre Teresa de Calcutá, que era uma missionária e vivia em
regiões cuja população se encontrava em condições extremamente precárias,
praticando a caridade e sobrevivendo com doações espontâneas e nada
programadas. Ser professor é bem diferente de fazer caridade! Somos pessoas que
exercemos a nossa profissão que, por sinal, acaba sendo uma das mais
importantes porque diante de nós está a responsabilidade de formar outros seres
humanos que farão parte ativa do nosso sistema social, político, econômico e
até mesmo religioso! Então, é necessário que pensemos sobre o assunto, e que
alguns escritores, formadores de opinião, atentem para este fato.
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