sexta-feira, 2 de maio de 2014

A missão do professor x a profissão do professor

Sempre vejo alguns escritores famosos (sem citar nomes, por questões éticas), referindo-se à missão do professor. Não concordo que ser professor é estar vinculado a uma missão. A palavra missão remete-nos ao ato religioso como algo que tem que ser feito com sacrifícios e até mesmo com filantropia.

Ser professor é uma escolha, uma profissão que exige respeito, pagamentos, condições de trabalho dignas, capacitação inicial e permanente. Não tem nada de filantrópico ou de religioso, pelo contrário, é uma das profissões mais antigas deste mundo, e que necessita, aqui no Brasil, que seja repensada e valorizada.


Parece que não existe diferença, mas existe sim, porque ser missionário é viver em função do outro sem exigir nada em troca. Madres, padres, missionários evangélicos e tantos outros líderes religiosos não recebem pelo que fazem. Muitos exercem a sua missão em troca de alimentação e moradia, por exemplo, como foi com Madre Teresa de Calcutá, que era uma missionária e vivia em regiões cuja população se encontrava em condições extremamente precárias, praticando a caridade e sobrevivendo com doações espontâneas e nada programadas. Ser professor é bem diferente de fazer caridade! Somos pessoas que exercemos a nossa profissão que, por sinal, acaba sendo uma das mais importantes porque diante de nós está a responsabilidade de formar outros seres humanos que farão parte ativa do nosso sistema social, político, econômico e até mesmo religioso! Então, é necessário que pensemos sobre o assunto, e que alguns escritores, formadores de opinião, atentem para este fato.

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