Toda
criação exige ─ por parte de quem o faz ─ liberdade de pensamento e,
principalmente, de ação! É necessário, rasgar, pintar, moldar, modelar, fazer e
refazer... sem que haja a preocupação de se
estar sujando a si mesmo ,ou ao ambiente.
Vejo
que algumas instituições de educação infantil evitam que as crianças mexam em
tintas, modelem com farinha de trigo, ou façam
uso de tantos outros materiais, porque podem sujar a roupa, sujar o
chão! Algumas auxiliares de serviço ficam bravas com as professoras, ou até
mesmo com as crianças, quando estas, sem querer, deixam cair tinta na mesa ou
no chão. Fico triste com estas atitudes porque isso é podar a criação infantil,
é inibir que a criatividade se expresse e se manifeste! Se as auxiliares de limpeza têm como função
de trabalho a limpeza das salas ─ em todos os sentidos ─ elas nem deveriam dar palpites nestas
situações; no entanto, não é isto o que
acontece na maioria das vezes, principalmente no serviço público, porque
pode-se trabalhar muito ou pouco que o resultado financeiro é sempre o mesmo.
Assim, acaba se criando um lema ─ ainda que não expresso claramente ─ de que se
pode trabalhar menos/pouco, porque vai se ganhar do mesmo jeito, já que se é do
quadro efetivo de funcionários.
Muitos
professores ficam sem ação diante de alguns fatos que acontecem, mas, por
favor, não se deixem levar pelo comodismo destas pessoas. Pensem sempre que a
instituição de educação infantil é um direito das crianças, e que estas
precisam vivenciar experiências que as ajudem a se desenvolver em todas as
linguagens. E a linguagem plástica e/ou artística é apenas mais uma delas. Não
podemos permitir que esta aprendizagem seja podada das crianças por causa de
sujeira, bagunça, meleca... pelo contrário: faça as atividades e depois, ensine
as crianças a limparem assim que usarem o material e o espaço
físico. Isto também faz parte dos objetivos da educação infantil: ensinar a
usar e a guardar o que usou. Pensem nisto professores...
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