terça-feira, 6 de maio de 2014

“Eu fico mais na rua, ela que fica em casa, que é mais responsável”

Ouvi essa frase de um pai de um garoto de 6 anos que não queria comer. A mãe, sem saber o que fazer, me perguntou algumas dicas de como proceder. Depois que expliquei, fomos conversar com o pai e ele verbalizou a frase do título acima. Pois bem, não vou aqui comentar sobre alimentação, pois já o fiz em textos anteriores.

O foco aqui é na questão da responsabilidade transferida deste pai para esta mãe. Ele, com seu comportamento, com certeza estava “ajudando” o filho a não comer, a manter a situação de problema que estava se apresentando. É preciso lembrar que tanto o pai, como a mãe, sempre são cúmplices, nas mais variadas situações. Por isso, pais ─ homens! ─ não tenham estas atitudes, pois, para a criança é muito ruim. Ela necessita de pais que tenham os mesmos comportamentos para com elas, para que sintam segurança que a educação segue por uma mesma linha de conduta, de atitudes, de valores. De outra forma, quando o homem joga exclusivamente para a mãe a responsabilidade sobre a educação e as atitudes que devem ser tomadas, ele acaba virando ─ sob o olhar do filho ─  o “bonzinho”, o “legal”,  e a mãe a “chata”, a “controladora”, a “malvada”, a “ruim”.


Questões alimentares e tantas outras ─ quando dizem respeito à saúde e integridade física e psicológica da criança ─ precisam ser tomadas em comum acordo entre o casal. Não se deve mostrar uma atitude contraditória ou de ruptura entre o casal, de modo a que um tente  fazer de tudo para que  a criança se alimente direito, enquanto o  outro seja permissivo, omisso e complacente. Isto é ruim e nada educativo, pelo contrário, somente piora o comportamento infantil! Pensem longe da criança, e decidam o que e como fazer juntos! Isto só será benéfico para os pequenos que vocês tanto dizem que amam.

Um comentário:

  1. Excelente! Concordo com você Vania, sou psicopedagoga e reafirmo que educação de filhos é de responsabilidade conjunta de pai e mãe, não dá para deixar a mãe fazer o papel da "bruxa má" e o pai ficar de herói "bonzinho" nem ao contrario. Isso com certeza afetará a personalidade da criança.

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