A
ficha de matrícula das crianças nas instituições de educação infantil não pode
ser simplesmente um ritual burocrático, mas sim, o estabelecimento de um
relacionamento com os pais. O diálogo, o olho no olho aqui é primordial para
que se estabeleça a confiança um no outro.
Mais
do que uma ficha, ela deve se ater a aspectos minuciosos de como é esta
criança. Por exemplo, às vezes vejo nestas fichas uma pergunta assim: “a
criança possui alergia: ( ) sim ou ( ) não?”
Fico preocupada com estas perguntas tão abrangentes por que os pais na
hora da correria podem se esquecer de dar detalhes. Que tal as perguntas serem
assim: ”A criança possui alergias a medicamentos? A criança possui alergia a
algum tipo de alimento? A criança possui alergia a pomadas, perfumes,
sabonetes, talcos, lenços umedecidos?”
Quanto
mais perguntas específicas, melhor, mesmo que o questionário fique imenso.
Melhor pecar por excesso do que por falta.
No entanto, além de dar informações sobre a criança, os pais precisam
entender que este contato é para que eles também possam visitar as dependências
físicas e instalações onde seu filho (a) vai permanecer por algumas horas
diárias. Neste momento, não deve existir dificuldades de comunicação entre
ambas as partes ─ família e instituição de ensino! Não é um momento de
rivalidade para ver quem cuida melhor da criança. É um momento de atenção
individualizado, para que se estabeleça um relacionamento verdadeiro, de
confiança. Muitas vezes alguns “pais de primeira viagem” sentem-se inseguros em
como educar seus filhos (as) e acabam tendo medo destas perguntas todas porque
estas poderiam colocar em cheque seu papel de pai/mãe diante de uma sociedade.
Tranquilidade e acolhimento é o melhor a se fazer neste momento tão especial.
Este é o primeiro contato, lembrem-se professores! Um relacionamento personalizado não se dá do
dia para a noite! Não é de curto prazo que estabelecemos confiança uns nos
outros, então, paciência! Cative para ser cativado.
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