Já falei anteriormente sobre datas comemorativas na escola, mas hoje abordo o tema de outra maneira. O que fazer quando o personagem principal da festa não está por algum motivo como morte, ausência e abandono?
Esta dúvida é muito frequente na cabeça dos professores e até mesmo dos pais. Por exemplo, é Dia das Mães, mas a mãe de uma determinada criança não estará presente à festa. Esta criança participa normalmente da festividade? Se tiver algum tipo de presente, para quem ela deve dar? Ela não ficará traumatizada pelo fato de as mães de seus coleguinhas estarem presentes e a dela não? Estes são somente alguns questionamentos que passam pela cabeça de pais e professores nesta situação de abandono e ausência.
Bem, vamos às respostas. As datas comemorativas existem, e se são épocas para aquecer o comércio e a economia, isso é outra história. Se a escola também enfatiza estas datas no currículo da instituição então elas devem ser comemoradas. As crianças, que por algum motivo suas mães e pais não estarão presentes, terão que passar por esta situação. Se elas vão superar isso ou não, quando adultas, e se vão ser pessoas felizes, não temos como prever. A presença de outra pessoa, como avó ou até mesmo o pai, pode até amenizar, mas nunca vai substituir a ausência da mãe, pois cada pessoa exerce um papel e uma função diferentes na vida destas crianças. Que fique bem claro, esta ausência não significa que a criança terá traumas psicológicos na vida adulta por conta desta situação. Também não posso afirmar que isto não possa acontecer. Depende de criança para criança, mas vamos pensar na vida adulta. Não temos que superar perdas e frustrações de abandono, quer seja por um familiar ou até mesmo um namorado, ou namorada. Isto faz parte da vida de todos nós, então não enfatizem este fato como sendo um grande problema. Muitas vezes quem mais sofre com esta situação são os adultos e não a criança em si.
Acho que as instituições de educação infantil deveriam rever esta prática pedagógica de comemoração destas datas em especifico. Se a sociedade as comemora, não significa que as escolas tenham que reproduzi-las; assim, em situações como as citadas anteriormente, não haveria necessidade desta preocupação.
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