Comecei o título com parte de uma música cantada muito em festas de aniversários infantis depois dos parabéns. Existe a música: “Com quem será? Com quem será que fulana (o) vai casar? Vai depender, vai depender se sicrano (a) vai querer.”
Conhecem esta música? Pois bem, vamos às reflexões. Incentivamos as crianças desde pequenas a viverem algo que não está na fase da infância. Insistimos com outras perguntas do tipo: “Quem é o seu namoradinho (a) na escola?” Sei que isso é um comportamento cultural, mas em minha opinião precisa ser repensado.
Viver a infância, período que vai dos zero aos 12 anos de idade, é o momento das brincadeiras, das interações e das expressões por meio das linguagens. Momento de estimular, ampliar, diversificar e sistematizar o repertório cognitivo, afetivo e cultural da criança para que sua mente fique cheia de lembranças agradáveis, que farão toda a diferença na fase da adolescência e da vida adulta.
Um adulto saudável teve uma infância cheia de estímulos positivos, de carinho, atenção, afeto, enfim, amor. Não é o período de antecipar situações que se viverão mais adiante. Se quando crianças elas viverem cercadas de estímulos cognitivos e afetivos é claro que terão relacionamentos saudáveis quando maiores; agora, se estimuladas para situações que não estão na fase de desenvolvimento, isto será antecipado. É só observar o comportamento de adolescentes com 15 anos hoje e lembrar-se desta mesma idade há 10, 15, 20 anos. E quem está adiantado tudo é a mídia e nós, adultos, que permitimos que isso aconteça. Muitas vezes antecipamos com músicas inocentes algo desnecessário, mas que faz parte de nossa cultura. Rever cultura é algo importantes para termos pessoas saudáveis.
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