sexta-feira, 25 de abril de 2014

Professor de creche não é mãe e nem babá

Cada um tem seu papel e importância vital na educação e ensino das crianças. Não é porque ─  na maior parte  das vezes ─ são as mulheres que acabam atuando na profissão professor/educador, que a família queira que se dê continuidade ao  papel de mãe dentro do ambiente educacional. Vejo isto acontecer em muitos lugares erroneamente, principalmente quando a professora também  é mãe. Ela poderá confundir os papéis. Vamos às diferenças:

Ser mãe é ser maternal; além de gerar, deve gostar de ser mãe e de estabelecer com os filhos vários papeis ao mesmo tempo: de enfermeira, cozinheira, médica, lavadeira, participante das brincadeiras, etc. Mas para isso, tem de ter prazer no que faz, não fazendo por obrigação, mas por satisfação. Ser professora de creche é ser educadora que tem funções de ensinar, favorecendo e mantendo o desenvolvimento de conhecimentos e habilidades; é uma facilitadora de trocas cognitivas, afetivas e sociais. É exercer uma atividade profissional que possui uma modalidade didática que precisa de planejamento, organização e ação.


A professora educadora deve ter uma didática ativa, ou seja, um cuidado especial na organização do ambiente, na multiplicidade dos objetos a fim de promover a exploração e a manipulação dos mesmos. Ela deve propiciar oportunidades para que novas experiências sejam ofertadas para as crianças, para que estas possam ter motivação para juntar, manipular, construir e interagir com o mundo que as rodeia. As crianças devem ter liberdade para transformar o ambiente no processo de descoberta de si mesmo, de outras crianças e em  sua relação com os adultos. Estas trocas com os objetos e pessoas vão produzindo conexões no cérebro, novas sinapses que vão se formando e, com isto, novas aprendizagens acontecendo e sendo codificadas e decodificadas a cada novo dia.    

Um comentário:

  1. Vejo isto como uma seria realidade dos fatos que vem ocorrendo nestes redutos onde os pequenos são entregues pela manhã e pegos a tarde.
    É com se a professora fosse mãe substituta.
    Todas ás mazelas que muitas vezes vem da própria casa a culpa é transferida para a professora.
    Temos que repensar a educação desde a chegada do pequeno até a sua evolução e crescimento ético e emocional, pedagógico, moral que colabore com o seu senso de observação e escolhas.
    Falta investimento e formação, estas escolas recebem a visita de um super visor, que da ok, mas não existe uma fiscalização eficiente em relação a condições de trabalho e desenvolvimento pedagógico.
    Sindicatos só aparecem em épocas de eleições e campanhas salariais da mesma forma deveriam fiscalizar ás unidades e suas condições de funcionamento.
    Faltam psicólogos, crianças com dislexia, oftalmo, existe uma falsa inclusão, encontramos a maioria dos alunos com dificuldades por diferentes fatores, um deles é a falta do profissional de áreas cognitivas etc.
    Muito bom o seu artigo.
    Estou na página de meu filho, em meu face, embora o registro da página esteja no nome dele más quem assina é Manoel Gouveia.

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