Vocês já ouviram esta frase em
algumas famílias, com certeza! Eu sempre ouço. Quanta ignorância fazer este
tipo de pergunta, ou melhor, quanta insensibilidade e disputa entre o casal! Às
vezes, esta pergunta acontece quando os dois (marido e mulher) não estão tão
bem assim no relacionamento, e o filho passa a ser motivo de disputa,
travestida de carinho.
A criança que possui uma família
saudável, com adultos que a amam, jamais ouve esse tipo de pergunta. Já as
famílias que são doentes, falhas na sua concepção de amor e de respeito, as
fazem corriqueiramente. Quais as consequências disto para uma criança?
A criança geralmente gosta dos
dois de maneira diferente, e não poderia ser de outra forma. Nós não gostamos
do mesmo jeito de todas as pessoas, gostamos de uma atitude de um e de outra em
outro. A vida é assim, gostamos de maneiras diferentes das pessoas que nos
cercam.
Pedir para que a criança
estabeleça esta relação de gostar é muito complicado para ela, pois, se ela não
quer magoar ninguém, como ela vai falar a verdade? E criança sempre diz a
verdade. Então, se ela falar que gosta mais de um do que do outro, um fica
sendo o herói e o outro o vilão da história!
Precisamos nos perguntar o por quê
de se fazer este tipo de pergunta, e em qual aspecto isso pode contribuir para a
formação de harmonia dentro de uma casa. Disputas entre os adultos sobre os
filhos não contribui, em nada, para a autoestima de criança alguma! Pior: só acentua
o litígio, fazendo com que alguém se sinta culpado, enquanto o outro lucra com
adjetivos que podem, necessariamente, não representar tão claramente a
realidade! E se eu fizesse esta pergunta para você que lê este texto agora, na
frente dos seus pais? Você gostaria de responder e acabar magoando um, ou
outro? Não façam para os outros aquilo que não querem que façam com você; este
é o segredo de se conviver bem. Fácil, não, porém possível se refletir sobre o
que se pensa, sente e como se age!
Nenhum comentário:
Postar um comentário