quarta-feira, 2 de maio de 2012

Celular dentro da sala de aula

Hoje temos tecnologias tão eficientes, relevantes e interativas no mundo moderno, mas precisamos refletir sobre seu uso em determinados locais, principalmente dentro do espaço institucional escolar.

Sou professora e, muitas vezes, me incomoda quando estou explicando algo em sala de aula e toca ou vibra o celular de alguém. O(a) aluno (a) atende na minha frente e sai da sala para continuar a conversa, voltando como se nada tivesse acontecido. Confesso a vocês que isto me irrita profundamente, mas nada posso fazer se a instituição permite este tipo de comportamento. Hoje está muito complicado dar aulas por conta dessas tecnologias. Não sou contra, não! Pelo contrário, acho que elas vieram para nos ajudar a viver de outra maneira, mas também acho que deva ser pensado e repensado o uso destes aparelhos em lugares públicos.

O que fazer, nós professores, diante desta situação? Se você proíbe é a chata, antiquada e pode virar motivo de chacota. Se fizer de conta que não vê, é a permissiva, a legal que tudo pode. Os alunos estão confundindo tudo, professor nunca foi amigo de aluno, ele é um profissional que ganha para isto e precisa ser respeitado como qualquer outra profissão. Estes conceitos na educação precisam ser revistos.

Atender ao telefone atrapalha, não somente quem atende, mas também, os outros colegas que, muitas vezes, se distraem com esta atitude. Alguns colégios não permitem o uso de celular em sala de aula e se o aluno esquecer ligado e tocar ou vibrar, isto se torna um “mico” para os outros alunos (as). Isto deveria ser o correto, pois temos que saber conviver com outras pessoas e não temos o direito de atrapalhar os outros. Temos liberdade sim, mas não libertinagem em nossos comportamentos sociais. Aliás, liberdade é sinônimo de responsabilidade, de limites. Educar também é impor limites, mas sem proibições, com consciência de quem somos e como podemos conviver de forma harmoniosa dentro de um grupo de pessoas.

Pais e professores, vamos juntos achar uma maneira correta para o uso do celular nas instituições de ensino. Atualmente vejo que em nossa sociedade precisamos aprender a conviver, pois passamos de uma era industrial para a tecnológica e as regras sociais precisam ser reanalisadas. Comportamentos antigos já não nos servem mais e novos hábitos precisam ser incorporados, mas sem esquecer que não vivemos isolados numa ilha deserta. Tem um ditado popular que exprime e finaliza muito bem este texto: Minha liberdade termina quando começa a do outro. Esta frase é a mais pura realidade.

3 comentários:

  1. Olá, cara Vanda...

    Concordo com todos os seus argumentos, mas discordo das conclusões. Sim, os celulares até atrapalham o andamento da sala de aula, mas creio que eles tem mais a contribuir do que a atrapalhar, cara amiga. Nossos alunos já não se distraiam antes de existir celulares? Eles não "bagunçavam" e violavam regras de conduta anteriormente? No que, exatamente, os celulares pioraram essa realidade que já existia? Se fizermos um estudo desapaixonado do assunto, chegaremos à conclusão de que os celulares são tão culpados quanto as folhas do caderno, que são emboladas e atiradas nas cabeças dos colegas. A culpa da bagunça não é do celular... é de outra coisa! Mudando um pouco o foco da conversa, eu diria que se trata de explorar o potencial educativo que eles podem nos oferecer. Citando um ditado (ví que você gosta deles), diria que "Se não podemos com o inimigo, alie-se a ele", não é? Diversos colegas nossos, hoje em dia, vêem nos celulares uma mídia especial, que tem uma enorme penetração nos nossos alunos, especialmente entre os jovens... então, porque não aproveitamos isso? E olhe... se procurar com calma pela Net, verá milhares de iniciativas bem-sucedidas de uso desses aparelhos em sala de aula. Eu mesmo sou um desses casos, e te sugeriria dar uma passada de olhos no meu modesto Blog, o "Serão Extra", aqui: www.seraoextra.blogspot.com. Uma coisa te garanto... podemos proibir o uso deles o quanto quizermos, mas eles ainda estarão lá, nos bolsos ou mochilas dos nossos alunos, só esperando uma distração nossa para serem acessados.

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    1. Olá, prof. Suintila...

      Muito bom o seu ponto de vista, acrescentando que nós professores devemos estar mais atentos, estudando e criando possibilidades de uso dessa ferramenta da qual podemos dizer "febre entre todos os alunos", e a partir daí teremos a conclusão e apoio dos nossos trabalhos em sala de aula. Sim e concordo com o seu dito "Se não podemos com o inimigo..."!
      Abraços pedagógicos!!!!
      Profª. Euneide Lima

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