Estava em uma chácara com duas crianças que moram em cidades grandes. Vieram passar as férias na casa dos primos no interior. À noite elas estavam na varanda a brincar quando apareceu um inseto que “acendia”, um vaga-lume. Para as crianças que moram nesta chácara nada de anormal, estão acostumadas com esse e outros insetos. O problema é que uma das crianças que mora na metrópole começou a chorar e dizia “estou com medo”. Ela saiu correndo para perto dos adultos e dizia: “vi um bicho enorme que acende, vai me morder, estou com medo”.
Isso foi motivo de risada por parte de alguns adultos; eles diziam “imagina, um bichinho daquele pequeno não faz nada, ele se chama vaga-lume, ele não faz mal a ninguém”. E a criança continuava a falar “estou com medo” e não queria mais ir brincar na varanda. Foi uma choradeira só.
O que os adultos deveriam ter feito: não dar risada da criança que estava chorando e sim explicar que bichinho era aquele, o porquê ele acende. Enfim, deveriam ter conversado com as crianças sobre os insetos, isto acalmaria quem estava chorando e, mais ainda, poderia ter se tornado uma pesquisa divertida sobre os insetos. Seria uma aprendizagem por pesquisa e descoberta, a partir de uma vivência que estava ocorrendo. A criança se acalmaria e todos aprenderiam. Aposto que tem adulto que não conhece e não sabe como funcionam os insetos e especificamente os vaga-lumes.
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