Eu estava em um posto de saúde fazendo alguns exames quando uma criança começou a indagar a mãe. Para que ela precisa tirar sangue? A mãe responde “é preciso para saber se a pessoa tem alguma doença”.
A criança continua: Mas que doença ela tem? A mãe responde: não sei, com o exame de sangue o médico irá ver... Passado algum tempo a criança retorna à sessão de perguntas. “Mas mãe, se ela tirar sangue ela não vai morrer?”. A mãe diz “não” e continua a conversar com uma pessoa que está ao seu lado.
A criança permanece com curiosidade e pergunta: Por que não? A mãe, já sem paciência, responde: “Eu já te disse que não: agora para de perguntar por que eu estou conversando com esta senhora.” Mas essa atitude não foi assim tão calma, pelo contrário foi bem exaltada. A criança então reage com a mãe e começa a chorar, pois levou uma bronca na frente de outras pessoas. Parem e pensem...
Quantos de nós adultos ficamos sem respostas de nossos pais? Não seria melhor parar a conversa, acabar com a curiosidade da criança e depois retornar ao diálogo com a senhora? Isto seria mais prudente, saciaria a curiosidade infantil, seria respeitoso com a criança e com os adultos que estavam em volta, pois não precisariam presenciar agressões físicas e, acima de tudo, seria respeitar os direitos das crianças de liberdade de expressão.
A criança aprenderia o que é, para que serve um exame de sangue e quando precisasse saber era só lembrá-la da conversa que tiveram lá no posto de saúde. Evitaria tantos constrangimentos futuros. Mas para isso essa mãe precisaria ter paciência para conversar, falar, explicar quantas perguntas fosse necessário. Eu ficaria contente em ver que meu filho (a) está curioso para aprender em vez de dar bronca nele.
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