segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Alimentar o bebê é um ato emocional e físico

O contato afetuoso com o bebê que o corpo da mãe promove é um vínculo emocional entre mãe e bebê. Alimentar é muito mais do que somente nutrir fisicamente; é demonstrar afeto por um período em que o bebe se sente reconfortado, seguro, em aconchego, principalmente porque ele é totalmente dependente desse ato de ser alimentado. A qualidade de relacionamento entre o bebe e os adultos que os cercam se manifestam no gesto de alimentação.

Mães estressadas, ansiosas, ou até mesmo que não gostam de dar de mamar, passam este desconforto para as crianças mesmo que, às vezes, isto seja inconsciente. Além do fato de que, quando estamos com raiva ou estressados, nossos hormônios internos se modificam e isto vai tudo para o leite materno. 


Vejo algumas cenas interessantes ou, melhor dizendo, desconfortáveis, de mães dizendo assim: “acabei de dar de mamar e já quer de novo parece um bezerro desmamado”! Para quê verbalizar isto? Muitas vezes a criança ainda não está satisfeita, ou mesmo o leite que está ingerindo já não é o suficiente para sua boa alimentação, então, faz jus a criança sentir fome e querer mamar novamente! Por que não procurar entender e observar o que se passa com o bebe antes de sair verbalizando situações desagradáveis? Os bebês são pequenos e muitas pessoas pensam que não entendem o que está acontecendo. No entanto, pesquisas longitudinais, que vão acompanhando alguns bebês ao longo de seu processo de desenvolvimento ─ às vezes até por anos ─, indicam que as crianças, mesmo recém nascidas, já ouvem e captam tudo o que está ao seu redor. E depois as mães ainda dizem que amam seus filhos (as)... Como é que isto pode acontecer quando o simples gesto de alimentar uma criança causa um transtorno para esta mãe? Quando os bebes não se sentem seguros e amados, eles estão menos propensos a explorar seu ambiente, limitando suas habilidades de aprender sobre o mundo. Pensem nisto!

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