Quanta expectativa e projeção dos
pais em relação a um filho (a). O bebê nem se formou e já nasce com uma
profissão pré-determinada, não por sua vontade própria, mas pela vontade de
seus pais. Será que isto é realmente
saudável? Em minha opinião não! Cada criança precisa se desenvolver de acordo
com suas vontades e talentos. É claro que eles não nascem sabendo quais são essas
vontades e talentos, mas os adultos precisam proporcionar estímulos
diferenciados e ir observando as suas preferências, seus gostos, suas vontades...
Agora, preparar e programar toda
a vida de alguém que ainda nem nasceu, que está em formação, é uma projeção
muito grande por parte dos adultos, além de um controle imenso sobre a vontade
e o querer de um filho. Funciona mais ou menos assim: eu queria ter sido, mas
não deu; então meu filho (a) será e eu de tudo farei para que ele realmente
seja!
Somente um exemplo: quantos pais
médicos, que querem que seus filhos também o sejam, ameaçam com repreensões,
com corte de mesada, com chantagem, etc, caso o filho não curse medicina, a
profissão escolhida pelo pai? Nesse caso, muitas vezes o jovem acaba cursando, não
por que gosta, mas por obrigação. Será que ele virá a ser um excelente
profissional desta forma? Ou a profissão exercida será apenas uma forma de
ganhar dinheiro e não quebrar a relação com o pai? E nesse caso específico,
vejam que se trata de uma profissão que trabalha com a saúde das pessoas, com o
sentimento familiar de quando há um caso a ser informado, entre médico e
familiares de um determinado paciente... Então, será que um médico infeliz estaria
capacitado para lidar ─ por anos a fio ─ com procedimentos dessa natureza? Não
estaria esse médico, também, muito doente?
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