quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Estou esperando um bebê: ele será médico, ou professor, ou engenheiro, ou arquiteto... talvez um empresário...

Quanta expectativa e projeção dos pais em relação a um filho (a). O bebê nem se formou e já nasce com uma profissão pré-determinada, não por sua vontade própria, mas pela vontade de seus pais.  Será que isto é realmente saudável? Em minha opinião não! Cada criança precisa se desenvolver de acordo com suas vontades e talentos. É claro que eles não nascem sabendo quais são essas vontades e talentos, mas os adultos precisam proporcionar estímulos diferenciados e ir observando as suas preferências, seus gostos, suas vontades...

Agora, preparar e programar toda a vida de alguém que ainda nem nasceu, que está em formação, é uma projeção muito grande por parte dos adultos, além de um controle imenso sobre a vontade e o querer de um filho. Funciona mais ou menos assim: eu queria ter sido, mas não deu; então meu filho (a) será e eu de tudo farei para que ele realmente seja!


Somente um exemplo: quantos pais médicos, que querem que seus filhos também o sejam, ameaçam com repreensões, com corte de mesada, com chantagem, etc, caso o filho não curse medicina, a profissão escolhida pelo pai? Nesse caso, muitas vezes o jovem acaba cursando, não por que gosta, mas por obrigação. Será que ele virá a ser um excelente profissional desta forma? Ou a profissão exercida será apenas uma forma de ganhar dinheiro e não quebrar a relação com o pai? E nesse caso específico, vejam que se trata de uma profissão que trabalha com a saúde das pessoas, com o sentimento familiar de quando há um caso a ser informado, entre médico e familiares de um determinado paciente... Então, será que um médico infeliz estaria capacitado para lidar ─ por anos a fio ─ com procedimentos dessa natureza? Não estaria esse médico, também, muito doente?

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