Vamos refletir sobre as histórias
que contamos para as crianças. Algumas delas não tem sentido real de nada,
existem homens na selva que se jogam contra leões? Duvido. Por que contar este tipo de história
para as crianças, sem significado algum, um conteúdo que não ajuda em nada no
desenvolvimento da imaginação e da criatividade?
Contar histórias que as façam
refletir sobre o dia a dia de maneira a compreender este cotidiano é muito
melhor do que fantasiar, sem sentido algum. Alguns de vocês devem estar pensando
que esta autora enlouqueceu, mas não! Estou bem sóbria e com os meus juízos
perfeitos! Vou lhes explicar a lógica em nível cerebral.
Tem uma área em nosso cérebro que
é responsável pelo reconhecimento de significados; mas para que isto aconteça,
de fato, é necessário que a criança aprenda concretamente este significado. Não
existe pensamento abstrato antes que o concreto seja vivenciado e experienciado;
Piaget nos ensinou isto em sua tese. O que é uma floresta para uma criança que
mora numa região de prédios, ou mesmo de periferia? Qual o significado de um
leão se ela nunca viu um em sua frente e nem foi a um zoológico? O que é um
Tarzã? Entenderam o meu pensamento lógico? Crianças pequenas precisam de
histórias reais de sua vida: de quando ela nasceu, de seu avô e avó, histórias
de plantas e de animais que ela conhece; isto sim, contribuirá para sua
criatividade e futuro pensamento imagético (imaginação). Ninguém cria algo do
nada! As ideias só se formam a partir de algo concreto! Eu sou assim para escrever
para vocês, ou seja, preciso ver uma cena para depois escrevê-la e analisá-la.
Então, por que exigir da criança que ela consiga formar seu pensamento a partir
de situações que ela não vivenciou? Tenho razão, ou não tenho?
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