quarta-feira, 29 de outubro de 2014

E então, na floresta misteriosa, Tarzã se jogou contra o leão ...

Vamos refletir sobre as histórias que contamos para as crianças. Algumas delas não tem sentido real de nada, existem homens na selva que se jogam contra leões?  Duvido. Por que contar este tipo de história para as crianças, sem significado algum, um conteúdo que não ajuda em nada no desenvolvimento da imaginação e da criatividade?

Contar histórias que as façam refletir sobre o dia a dia de maneira a compreender este cotidiano é muito melhor do que fantasiar, sem sentido algum. Alguns de vocês devem estar pensando que esta autora enlouqueceu, mas não! Estou bem sóbria e com os meus juízos perfeitos! Vou lhes explicar a lógica em nível cerebral.

Tem uma área em nosso cérebro que é responsável pelo reconhecimento de significados; mas para que isto aconteça, de fato, é necessário que a criança aprenda concretamente este significado. Não existe pensamento abstrato antes que o concreto seja vivenciado e experienciado; Piaget nos ensinou isto em sua tese. O que é uma floresta para uma criança que mora numa região de prédios, ou mesmo de periferia? Qual o significado de um leão se ela nunca viu um em sua frente e nem foi a um zoológico? O que é um Tarzã? Entenderam o meu pensamento lógico? Crianças pequenas precisam de histórias reais de sua vida: de quando ela nasceu, de seu avô e avó, histórias de plantas e de animais que ela conhece; isto sim, contribuirá para sua criatividade e futuro pensamento imagético (imaginação). Ninguém cria algo do nada! As ideias só se formam a partir de algo concreto! Eu sou assim para escrever para vocês, ou seja, preciso ver uma cena para depois escrevê-la e analisá-la. Então, por que exigir da criança que ela consiga formar seu pensamento a partir de situações que ela não vivenciou? Tenho razão, ou não tenho?

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