Vi
esta cena em uma instituição de educação infantil: a professora deu o papel, os lápis de cor,
alguns moldes, e pediu que a criança fizesse um lindo desenho. A menina em
questão tinha 5 anos, não usou o molde que a professora lhe havia dado, e
quando terminou foi mostrar para a professora, a qual lhe disse: ... “mas este não foi o desenho que eu mandei
você fazer!” Acabou rasgando o que a menina havia feito e lhe deu outra folha,
pedindo que ela fizesse novamente, igual
os coleguinhas. A garota começou a chorar e não queria mais fazer nada. Para
piorar a situação, a professora falou rispidamente com a criança, e verbalizou
assim: “aqui quem manda sou eu! Se os
seus amigos já fizeram o desenho, por que você não vai fazer?” Essa
atitude da professora fez gerar ainda mais constrangimento porque a criança
chorava cada vez mais.
Vamos
às reflexões: não sou contra moldes e nem desenhos prontos para as crianças
pintarem; algumas gostam de fazer isto porque, para estas, o que importa é
pintar sobre uma figura pronta, bem delineada e bem traçada. O que precisamos
ver é que não valorizar o desenho feito pela criança e, ainda por cima, rasgar
e jogar fora por que a professora queria que todos seguissem um modelo
determinado por ela, isto é um despropósito! Além disso, a menina acabou
sofrendo agressões verbais e emocionais muito severas para sua idade, porque
ela estava tão feliz indo mostrar o que tinha feito... e acabou levando um balde de água fria! Houve uma ruptura muito
grande do contentamento para a infelicidade, seguida de choro e vergonha
perante seus colegas, e também diante de alguns adultos que ali estavam
presentes!
Pior
ainda: a professora me indagou assim: “Você que sabe tudo de criança, o que eu
faço para que esta menina me obedeça? “Bom, nem preciso dizer que contei até
mil para não brigar com a professora! Saí de perto e disse que outro dia nós
conversaríamos e que ela tentasse se acalmar. Vocês devem estar se perguntando,
por que a Vanda reagiu assim? É que, muitas vezes, dependendo do estado de
alteração de uma pessoa, não adianta você conversar naquele momento; é
necessário baixar os neurotransmissores (de raiva) do cérebro, para que ela
volte ao equilíbrio e possa pensar sobre o que foi feito. Em estados emocionais
alterados não adianta nada, somente iria piorar a situação e quem iria sofrer
mais danos seria a criança, já que na cabeça desta profissional, ela estava certa em tudo o que fazia!
Entenderam?
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