sexta-feira, 11 de março de 2016

“Está chorando por quê? Quer que eu te dê um motivo de verdade para chorar?"

Escutei a frase proferida acima em uma loja de roupas aqui em Campinas. Uma criança pegou uma roupa do manequim e insistia para que os pais a comprassem, mas os mesmos ignoraram o pedido da criança, sem mesmo conversar ou explicar, mandando que ela guardasse a roupa onde havia achado. O menino começou a chorar e o pai, na frente de todo mundo, verbalizou a ameaça citada acima. Na hora fiquei perplexa, porém, não me meti.

O garoto chorava mais ainda depois da bronca do pai enquanto que a mãe, atrapalhada diante da cena, nada fazia para acalmar o filho; ao contrário, parecia ignorá-lo para que pudesse abafar o choro, ou seja, ambos não estavam nem um pouco preocupados com o bem estar da criança e muito menos com as demais pessoas de dentro da loja.

Esta e outras atitudes dos adultos em nada contribuem para que a criança possa entender, de fato, quando pode obter algo de sua vontade, e quando não pode. Atitudes de ameaça não cessam o choro; pelo contrário, pioram a situação. Crianças precisam de paciência, de entendimento do que é certo e do que é errado, mas com explicações de “porquê sim” e “porquê não”!


Gritar e ameaçar, na frente de outras pessoas, só piora a situação e em nada contribui para que cesse este comportamento infantil. Aliás, infantil foi o comportamento dos pais que mostraram não estar preparados para exercerem esta função, ainda mais em público! O que fazer numa situação como esta? Conversar com a criança, explicar porquê não pode levar aquela roupa aquele dia, verificar porquê ela estaria interessadíssima apenas naquela roupa, se não haveria outra, na loja ─ e aí chamaria a vendedora para perguntar ─ parecida com aquela, dizer que o dinheiro que eles tinham daria só pra pagar algumas outras coisas que eles tinham planejado, mas que em outro momento poderiam planejar e adequar o pedido, enfim, há diversas maneiras de ensinar a criança a refletir e a pensar sobre as coisas, sobre o planejamento da vida! Diálogo, conversa, explicação... este é o melhor caminho, sempre! Lembrar que as crianças não nasceram sabendo das coisas, e que nós é que ensinamos tudo a elas; até mesmo a serem consumistas, a fazerem chantagens e a serem atendidas diante do primeiro chilique, da menor birra. Somos nós que ensinamos, portanto, vejam o que ensinam!

Um comentário:

  1. Eu li um texto e estou tentando entender o que fazer com o João Lucas meu filho 5 anos tem me preocupado com as pirrasa embora seja mãe de um menino 14 anos não tive esta experiência tem algum texto artigo que me aconselha a ler gosto muito de ler suas postagens

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