Aqui no Brasil, existem correntes pedagógicas excludentes na educação infantil, de acordo com o referencial teórico utilizado, como por exemplo, os desenhos fotocopiados. Na minha época como professora de educação infantil ainda existiam os mimeógrafos, nem sei se ainda não existem pelo Brasil afora, mas voltando ao assunto, dependendo do aporte teórico, desenhos prontos são banidos ou não da metodologia do professor no cotidiano infantil. Já senti isso na pele quando era professora no município de Atibaia. Na época, o prefeito havia comprado uma assessoria importante de educação infantil, e não citarei nomes aqui para não ter problemas judiciais, mas tivemos de tirar, de uma hora para outra, todos os desenhos prontos de nossas rotinas.
Hoje, depois de muito estudo e verificando a mudança que a sociedade está vivendo e, principalmente, observando muito o comportamento das crianças, percebo que elas gostam de desenhar livremente, mas também, gostam de pintar desenhos prontos.
Neste sentido, escrevo este texto para que possamos refletir sobre a importância de não existir radicalismos dentro da educação infantil, ou é “este aporte teórico ou aquele”. Se as pesquisas se voltassem de fato às crianças e seus gostos, verificaríamos que muito do que se tem feito e dito sobre elas está equivocado, pois a criança é muito mais aberta e espontânea que os adultos. Não existem radicalismos nas crianças, isto existe nos adultos, que acham que são os detentores da sabedoria e sabem sempre o que é melhor para os pequenos, só porque já viveu este período.
Se fosse assim, o mundo não seria tão violento como é hoje, e se assim está é porque os adultos pensam que sabem tudo e sabem como educar desta ou daquela maneira. E pior, defendem, muitas vezes, sua visão pedagógica como única, universal e verdadeira. Esquecem-se, esses adultos, que a criança nos ensina muito, basta olhar e ouvir as crianças.
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