Hoje o mundo está cada vez mais veloz, interligado e conectado com todo o planeta. Vivemos na agitação e na correria do dia a dia para buscarmos nossa sobrevivência pessoal e da família. Nosso tempo parece mais curto para realizarmos tantas tarefas, principalmente, as mulheres que desempenham várias funções, como: mãe, esposa, dona de casa, mulher, filha, trabalhadora. Os pais também têm suas atribulações no cotidiano, isso é a vida.
Mas fico questionando: Nesse mundo atual como ficam estabelecidas as relações familiares, como está à qualidade neste tempo despendido aos pequenos?
Outro dia fui questionada por uma mãe que queria ajudar sua filha na alfabetização, já que a criança estava com dificuldades na leitura e na escrita. Expliquei tudo o que deveria ser feito com toda dedicação do mundo, dei exemplos de atividades, enfim, fiquei quase duas horas conversando com esta pessoa. Percebi que ela havia compreendido tudo o que deveria ser feito pela família para ajudar no desenvolvimento da linguagem oral e escrita da criança. Fiquei feliz na hora, porque são pessoas da minha estima e achei que logo o problema seria sanado. Passaram-se umas duas semanas e, então, questionei a mãe se estava fazendo tudo o que eu havia ensinado. Para minha surpresa e decepção, a reposta foi: Não tenho tempo para fazer tudo o que você falou. Para o meu desespero, perguntei: Como não tem tempo? É importante para ajudar esta criança na escola! E a mãe disse: Você sabe que minha vida é corrida, que tenho de fazer tudo em casa e ainda tenho de trabalhar e não tenho paciência e nem tempo para ficar ensinando as lições que vem da escola.
Juro, minha vontade era de chamar a atenção da mãe, mas fiquei quieta e questionando: Esta pessoa não sabe o que está fazendo! É mais importante uma série de tarefas do que a educação de sua filha? Não que ela não goste da criança, pelo contrário. Mas não percebe que sua atitude está errada e pode prejudicar o desenvolvimento desta criança para sempre. Ela não tem consciência de seus atos e seus valores de ter são maiores do que ser.
Em minha opinião é muito mais importante o tempo e a paciência que esta mãe se dedica a educação desta criança do que lavar, passar, cozinhar e trabalhar. Não que isto não precise ser feito, mas há uma inversão de valores. Depois, quando a criança se tornar adulta poderá ser tarde demais para reverter um quadro de perdas que ocorreram no desenvolvimento infantil.
Participar da vida da criança é cuidar, olhar nos olhos, viajar, fazer piquenique, sorrir, brincar, abraçar, trocar ideias, acariciar, participar de sua vida intensamente. Tenha tempo para seu filho(a) hoje, para que ele também tenha tempo para você, quando você ficar velho(a). Se a convivência quando criança não for satisfatória, não podemos exigir que os filhos(as) tenham este comportamento quando adultos(as). Pensem, isto é muito sério!
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