Este tipo de brincadeira acontece com muita frequência entre as crianças e se caracteriza pela incerteza, pela ausência de consequências, pela iniciativa delas próprias.
É muito comum quando observamos as crianças elas perguntarem assim: “Do que vamos brincar?” Elas pensam um pouquinho e muitas vezes dizem: “Deixa-me ver...” E aí inventam coisas na hora para poderem brincar e se divertir. Quando chegam a um consenso começam as brincadeiras, que podem ser espontâneas ou livres, ou seja, não partem de um adulto e não têm a intencionalidade de uma aprendizagem institucional.
Porém, elas acontecem também dentro da instituição, quer sejam em espaços fechados, como a sala de aula (referência) ou mesmo em locais abertos, como um parque. São momentos de experimentações, nos quais estas crianças produzem e reproduzem as culturas do universo delas.
Assim como os outros tipos de jogos estruturados,é importante que estas experiências aconteçam em casa (na família) ou na instituição de educação infantil. Elas não devem apenas ser valorizadas pelos adultos, mas estes também devem participar das mesmas. Porém, quando as crianças realizam estes tipos de brincadeiras, percebo que alguns adultos (professores ou pais) estão em outras atividades, e muitos professores alegam o seguinte: “É muito importante que as crianças brinquem sozinhas, para que elas possam interagir entre si, por isso a gente não participa”. Ora, uma vez ou outra as crianças podem e devem brincar entre elas, porém, não sempre. Na hora do parque, por exemplo, não é o momento de deixar as crianças brincarem sozinhas para que os adultos possam tomar café ou até mesmo conversar entre si. Esta hora também é importante para que se estabeleçam relações de respeito, de afetos, de cognição, de aprendizagens. E muitas vezes acontecem brincadeiras espontâneas, principalmente neste ambiente, porque os adultos estão descansando, comendo, e/ou conversando. Vamos pensar e repensar nossas atitudes com relação às crianças pequenas. Estas brincadeiras devem acontecerem entre elas, mas também entre elas e os adultos.
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