terça-feira, 9 de outubro de 2012

Ensinamos e preparamos as crianças para a vida ou para serem robotizadas?


Dizer que educar para a vida é necessário e importante não é algo recente e nem sou eu a primeira a dizer isto. Mas vamos refletir o que significa de fato. Na educação infantil, o que de fato é preparar para a vida, ensinar a engatinhar, andar, falar, comer, higiene pessoal, ter  autonomia, saber sentar, escutar os coleguinhas etc.
Mas ensinamos como lidar com as frustrações, com as perdas, com a competitividade, com a erradicação dos preconceitos, ou simplesmente isto não faz parte da vida e temos que nos preocupar somente com os conteúdos propostos em referenciais ou documentos oficiais vindos do Ministério de Educação?
Preparar para a vida não é somente valorizar a cognição, mas também ensinar a vivenciar situações muitas vezes difíceis, de fundos emocionais; mas isto nem sempre é lembrado nos planejamentos cotidianos dos professores, pois não fazem parte dos conteúdos a serem ministrados. Aspectos cognitivos são previstos, mas os emocionais não. Então como lidar com situações e sentimentos que não podem ser previstos? Simples. Conforme eles forem acontecendo, uma boa conversa pode muitas vezes amenizar o que aquela criança está passando naquele momento. Muitos professores me dizem assim: “Não dá tempo para conversar e se deixo eles conversarem não consigo dar a matéria”.
Mas na minha visão, quando alguém está com algum problema emocional não aprenderá do mesmo jeito, então não é perda de tempo parar algum tempo para conversar depois que a criança se sentir aliviada por estar contando algo que lhe está oprimindo; ela irá ter atenção no conteúdo, é simples, é uma questão de lógica. O “tempo perdido” é recuperado de fato e não simplesmente feito de conta que existiu.

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