Bem, começo esse texto deixando claro a vocês que em educação não existe certo ou errado, existem as consequências de uma escolha. Algumas instituições infantis adotam como praxe que cada grupo de crianças adote um nome para esta turma. Pois acreditam que com essa atitude o grupo possui uma identidade própria. Nada contra até agora, mas quero que reflitam sobre o que irei relatar abaixo.
Outro dia visitando uma instituição me deparei com a seguinte situação. O nome da turma era Girafinha. Aquilo me intrigou e comecei a perguntar para as crianças: por que Girafinha? Se elas conheciam o animal girafa? Quem escolheu aquele nome? Enfim fiz um monte de questionamentos para entender o motivo daquela escolha.
As crianças me contaram que a professora havia contado uma historinha de girafinha, e que ela havia sugerido que o nome do grupo fosse girafinha por conta da história. Elas ainda me responderam que não conhecem girafa de verdade, somente na TV e na história. Quando perguntei se elas gostavam de ser girafinhas algumas me responderam que não, outras disseram tanto faz e somente três crianças disseram que gostaram. É nesse sentido que quero que reflitam. O nome da turma tem que ser significativo para aquele grupo e todos tem que estar de acordo e mais ainda existir um por que daquela escolha realizada pelas crianças e não pelos adultos, no caso a professora.
Se o nome de cada um revela a nossa identidade pessoal, com o nome do grupo não é diferente. Se não participamos da escolha do nosso nome por que éramos bebê na educação infantil a criança deve ter vez e voz, isso é um direito de toda criança garantido na Constituição de 1988.
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